Marcel Giró


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15 Julio 2022

Nove imagens da fotógrafa Palmira Puig são adicionadas ao Museu de Urgell para o Museu Morera.

O Museu de Arte Jaume Morera e o Museu Regional de Urgell-Tàrrega, incorporaram nove obras de Palmira Puig, adquiridas pela Câmara Municipal, que poderão ser vistas até 11 de setembro em uma exposição ao equipamento de Lleida.

"É um dia especial porque é uma obra de grande significado artístico", disse o diretor do Morera, Jaume Navarro, na apresentação de ontem da coleção de nove imagens em preto e branco, das quais três são cópias originais do período e seis são cópias posteriores. Palmira Puig (Tàrrega, 1912 - Barcelona, 1978). A fotógrafa, nascida em uma família de tradição cultural, teve que se exilar após a Guerra Civil e se estabelecer com seu marido, o fotógrafo Marcel Giró, no Brasil. Ela fez parte da vanguarda artística brasileira, sendo a primeira mulher a ser aceita no Foto Cine Clube Bandeirante, o foco da chamada Escola Paulista.

Mesmo assim, seu trabalho era desconhecido até uma década atrás, quando começou uma investigação sobre o legado de Marcel Giró, iniciada por seu sobrinho Toni Ricart Giró e a galerista Rocío Santa Cruz, que concluiu que nem todas as obras eram dele e que duas línguas diferentes podiam ser vistas, a de Palmira caracterizada "pelo espírito humanista e pelo estilo moderno" e pela "poesia e elegância no tratamento de naturezas mortas, paisagens e retratos".
A prefeita de Tàrrega, Alba Pijuan, disse que com esta aquisição a fotógrafa de Tarragona, "uma mulher progressista, como refletida em suas imagens, que, como tantas outras, não teve o reconhecimento que merecia", foi colocada "em seu devido lugar na história".

A galerista, que realizou a primeira exposição monográfica de Palmira Puig na Espanha, indicou que o preço das obras, que custaram ao Conselho Provincial cerca de 45.000 euros, já dobrou após sua aparição em uma exposição no MoMA em Nova York sobre fotografia experimental brasileira.


Foto: Núria García